Amados

Caminho, Verdade e Vida - 59

Os amados

"Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores." - PAULO (Hebreus, 6.9)

Comenta-se com amargura o progresso aparente dos ímpios.

Admira-se o crente da boa posição dos homens que desconhecem o escrúpulo, muita vez altamente colocados na esfera financeira.

Muitos perguntam: "Onde está o Senhor que lhes não viu os processos escusos ?"

A interrogação, no entanto, evidencia mais ignorância que sensatez. Onde a finalidade do tesouro amoedado do homem perverso?

Ainda que experimentasse na Terra inalterável saúde de cem anos, seria compelido a abandonar o património para recomeçar o aprendizado.

A eternidade confere reduzida importância aos bens exteriores. Aqueles que exclusivamente acumulam vantagens transitórias, fora de sua alma, plenamente esquecidos da esfera interior, são dignos de piedade. Deixarão tudo, quase sempre, ao sabor da irresponsabilidade.

Isso não acontece, porém, com os donos da riqueza espiritual. Constituindo os amados de Deus, sentem-se identificados com o Pai, em qualquer parte a que sejam conduzidos. Na dificuldade e na tormenta guardam a alegria da herança divina que se lhes entesoura no coração.

Do ímpio, é razoável esperarmos a indiferença, a ambição, a avareza, a preocupação de amontoar irreflectidamente; do ignorante, é natural recebermos perguntas loucas. Entretanto, o apóstolo da gentilidade exclama com razão: "Mas de vós, ó amados esperamos coisas melhores."

Livro - Caminho Verdade e Vida - Espírito Emmanuel - Chico Xavier

Comentário sobre a descrição assertiva de Emmanuel

Quantos de nós no curso dos dias e nas análises muitas das vezes precipitadas, que realizamos às situações observadas na sociedade e que nos perturbam o pensamento, em que olhamos para o Alto e questionamos - Meus Deus onde está a Tua Justiça?

Sem dúvida que serão muitos a amealhar e ter grandes sucessos materiais, sobre o trabalho e a exploração de outros, enganos globais que prejudicam comunidades inteiras, apropriação indevida de valores de outros tantos que confiaram nas palavras sábias e firmes daqueles que se movimentam em mundos que desconhecemos os meandros.

O choque emocional é justo, somos seres humanos racionais, mas questionar a justiça das Leis Naturais - Divinas, já é outro ponto de vista.

Todos nós sem excepção estamos aqui no planeta, reencarnados, em plano transitório ninguém veio para ficar em definitivo e nesta transitoriedade entre o plano terreno e Espiritual, somos como administradores de património, não somos donos ou proprietários por herança ou algo parecido, como gestores teremos que apresentar as contas dessa gestão, boa ou má de acordo com o que realizamos no sentido do progresso individual e colectivo com base no BEM.

Todos os Bens materiais estão limitados a serem utilizados no plano terreno, eles são o meio e não a finalidade da nossa existência, jamais serão transportados ou valorizados nos planos Espirituais, contudo não os poderemos também desprezar, pois são o meio que temos no mundo terreno para poderemos avançar no conforto, ciência, tecnologia, saúde, movimentação de pessoas e bens e criar todos os meios de subsistência gerais na Terra.

Para o Homem materialista, Perverso, Avarento que tudo concentra na sua existência temporal de 80 ou 100 anos , será grande a desilusão no dia do retorno à sua verdadeira casa , pois sejam os títulos ou mesmos os bens materiais, não o vão acompanhar nem mesmo à entrada do túmulo, a dor e ranger de dentes poderão ser a sua companhia mais demorada.

Para aqueles que já conhecem e assumem a responsabilidade de amealhar os grandes recursos Espirituais, baseados na prática desinteressada do Bem , que são os verdadeiros valores e passaporte para planos mais elevados, estas questões já não lhes devem agitar a Alma, mas sim um olhar de Prece, Luz e Paz, para com os que ainda se encontram sob a ignorância da sua verdadeira finalidade.

Aos que já estão mais adiantados os "Amados " é esperado que tenham harmonia, paciência, resignação e certeza na sua confiança e Fé, a Justiça Divina é imutável e imparcial, a cada um as suas obras e será no tribunal da sua Consciência que serão julgados e sentenciados.

Impressão Espírita - João Paulo - 10/03/2021


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