Eutanásia

SOFRIMENTO E EUTANÁSIA

Quando te encontres diante de alguém que a morte parece nimbar de sombra, recorda que a vida prossegue, além da grande renovação...

Não te creias autorizado a desferir o golpe supremo naqueles que a agonia emudece, a pretexto de consolação e de amor, porque, muita vez, por trás dos olhos baços e das mãos desfalecentes que parecem deitar o último adeus, apenas repontam avisos e advertências para que o erro seja sustado ou para que a senda se reajuste amanhã.

Ante o catre da enfermidade mais insidiosa e mais dura, brilha o socorro da Infinita bondade facilitando, a quem deve, a conquista da quitação. Por isso mesmo, nas próprias moléstias reconhecidamente obscuras para a diagnose terrestre, fulgem lições cujo ter-mo é preciso esperar, a fim de que o homem lhes não perca a essência divina.

E tal acontece, porque o corpo carnal, ainda mesmo o mais mutilado e disforme, em todas as circunstâncias, é o sublime instrumento em que a alma é chamada a acender a flama de evolução. É por esse motivo que no mundo encontramos, a cada passo, trajes físicos em figurino moral diverso.

Corpos - santuários...

Corpos - oficinas...

Corpos - bênçãos...

Corpos - esconderijos...

Corpos - flagelos...

Corpos - ambulâncias...

Corpos - cárceres...

Corpos - expiações...

Em todos eles, contudo, palpita a concessão do Senhor, induzindo-nos ao pagamento de velhas dívidas que a Eterna Justiça ainda não apagou.

Não desrespeites, assim, quem se imobiliza na cruz horizontal da doença prolongada e difícil, administrando-lhe o veneno da morte suave, porquanto, provavelmente, conhecerás também mais tarde o proveitoso decúbito indispensável à grande meditação.

E usando bondade para os que atravessam semelhantes experiências, para que te não falte a bondade alheia no dia de tua experiência maior, lembra-te de que, valorizando a existência na Terra, o próprio Cristo arrancou Lázaro às trevas do sepulcro, para que o amigo dileto conseguisse dispor de mais tempo para completar o tempo necessário à própria sublimação.

Livro: Religião dos Espíritos - Pelo Espírito Emmanuel - Psicografia de Francisco Cândido Xavier

CONDENAÇÃO À EUTANÁSIA

A eutanásia é um bem, nos casos de moléstia incurável? - O homem não tem o direito de praticar a eutanásia, em caso algum, ainda que a mesma seja a demonstração aparente de medida benfazeja. A agonia prolongada pode ter finalidade preciosa para a alma e a moléstia incurável pode ser um bem, como a única válvula de escoamento das imperfeições do Espírito em marcha para a sublime aquisição de seus patrimónios da vida imortal. Além do mais, os desígnios divinos são insondáveis e a Ciência precária dos homens não pode decidir nos problemas transcendentes das necessidades do Espírito.

Livro: O consolador - Pelo Espírito Emmanuel - Psicografia de Francisco Cândido Xavier

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